Uma cena revoltante circula pelas redes sociais e reacende o alerta sobre a vulnerabilidade dos tesouros históricos do Peru. Um homem foi registrado vandalizando um dos muros de Chan Chan, a maior cidade de barro do mundo, localizada na região de La Libertad, ao norte do país. O que mais chocou foi o conteúdo do desenho: um símbolo fálico feito diretamente sobre uma das estruturas originais da antiga capital do império Chimu.
As imagens mostram o autor da pichação, com mochila nas costas, agindo à luz do dia sem qualquer tipo de intervenção. A ausência de vigilância escancarou um problema recorrente nos sítios arqueológicos do país: a falta de segurança para preservar um patrimônio que é, oficialmente, reconhecido pela UNESCO desde 1986 como Patrimônio Mundial da Humanidade.
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Chan Chan é um marco da arquitetura pré-colombiana. Construída antes da chegada dos Incas, a cidade abriga ruínas de palácios, templos e áreas residenciais distribuídas por cerca de 20 km². É uma joia arqueológica que remonta a mais de seis séculos — e, ainda assim, segue exposta a atos de vandalismo como esse.
O Ministério da Cultura do Peru se manifestou em nota pública, classificando o ato como uma grave violação à memória histórica e às leis de preservação cultural. O autor ainda não foi identificado, mas pode pegar até seis anos de prisão, conforme a legislação nacional que protege o patrimônio arqueológico.
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O caso ganhou repercussão internacional e levantou questionamentos contundentes nas redes sociais: como alguém consegue danificar um sítio histórico de tamanha importância sem ser interrompido? Para muitos, a resposta é simples — negligência.
Chan Chan já está, há anos, na lista de patrimônios em risco elaborada pela UNESCO. Agora, mais do que nunca, o episódio escancara a urgência de ações mais efetivas para proteger o legado das civilizações que antecederam a era moderna.