Na pequena cidade de Kapandriti, na Grécia, o apicultor Isidoros Timinis mantém uma prática incomum há mais de uma década. Ele insere imagens religiosas dentro de suas colmeias, acreditando que figuras sagradas como Jesus Cristo, a Virgem Maria e diversos santos protegem suas abelhas. Além disso, segundo ele, essa devoção garante uma produção mais farta de mel.
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De maneira intrigante, os insetos constroem seus favos ao redor das imagens, mas, surpreendentemente, evitam cobri-las. Esse fenômeno tem despertado não apenas a curiosidade de fiéis, mas também o interesse de cientistas que buscam compreender o comportamento das abelhas diante de estímulos visuais tão específicos.
Inspirado pela prática de Timinis, o monge ortodoxo Simão, estudioso do Cristianismo Oriental, decidiu realizar seu próprio experimento. Ele colocou dentro de uma colmeia um ícone da Crucificação. O resultado chamou atenção: as abelhas preservaram visíveis as figuras de Jesus e do ladrão arrependido. Contudo, cobriram por completo o ladrão que, segundo os evangelhos, rejeitou o perdão.
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Essa interação simbólica entre religião e biologia continua a surpreender. Embora ainda haja muito a ser explicado do ponto de vista científico, o gesto das abelhas tem sido interpretado por muitos como uma manifestação natural carregada de sentido espiritual. Assim, a colmeia de Timinis se transforma não só em espaço de trabalho, mas também em um santuário vivo — onde fé e natureza parecem atuar lado a lado.