Uma carta anônima entregue às autoridades da cidade de Wałbrzych, no sudoeste da Polônia, reacendeu os rumores sobre o lendário “trem de ouro” nazista, supostamente desaparecido nos últimos meses da Segunda Guerra Mundial. A correspondência, datada de 23 de abril, afirma que “três vagões ferroviários do período da guerra estão escondidos em um túnel camuflado”.
De acordo com o remetente, que não se identificou, os vagões estariam ocultos atrás de “um portão de aço fechado e deslizante” na entrada de um túnel subterrâneo na região. Ele também prometeu entregar às autoridades locais dados geodésicos detalhados, com mapas, perfil do terreno e relatos históricos que sustentariam a descoberta.
A lenda, amplamente divulgada ao longo das décadas, afirma que um trem blindado nazista carregado de ouro, joias e obras de arte deixou a cidade de Wroclaw rumo a Wałbrzych no fim da guerra — mas teria desaparecido misteriosamente no trajeto, possivelmente escondido nos túneis construídos pela Alemanha nazista.
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Autoridades analisam os documentos
Segundo Kamila Świerczyńska, porta-voz da prefeitura de Wałbrzych, a carta chegou acompanhada de materiais técnicos: “um mapa com simulação de trilha, curso do túnel e até o relato de uma testemunha que viveu na cidade durante a guerra”.
Anna Nowakowska, chefe do Escritório Provincial para a Proteção de Monumentos, informou que o autor da denúncia conduziu suas próprias pesquisas antes de apresentar o suposto achado. “Depois de analisar várias fontes e documentos, ele concluiu que havia localizado um túnel com o chamado trem dourado dentro”, afirmou.
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Apesar do relato detalhado, o responsável pela denúncia não solicitou permissão formal para escavar ou investigar a área. Agora, as autoridades locais avaliam se há base suficiente para abrir uma nova investigação sobre o caso.
A história do trem de ouro já inspirou diversas buscas ao longo dos anos, muitas das quais não resultaram em descobertas concretas. Mesmo assim, a possibilidade de que um dos maiores tesouros ocultos da Segunda Guerra possa realmente estar enterrado em solo polonês continua a alimentar o imaginário popular e o interesse de arqueólogos, caçadores de tesouros e historiadores.
