Desde o nascimento, seres humanos carregam dois medos universais: o de quedas e o de sons intensos. Diferente de outros temores que se desenvolvem com o tempo, esses dois são considerados inatos — ou seja, fazem parte da nossa biologia e não dependem de experiências prévias para surgir. Estudos em psicologia do desenvolvimento, como o clássico “experimento do penhasco visual” realizado na década de 1960, mostraram que até mesmo bebês evitam superfícies que parecem profundas, sinalizando um medo natural de cair.
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O mesmo vale para ruídos súbitos e estridentes. Pesquisas indicam que sons altos ativam diretamente a amígdala, uma região do cérebro envolvida no processamento de emoções, especialmente o medo. Essa reação rápida tem base evolutiva: nossos ancestrais dependiam dessa sensibilidade para detectar perigos imediatos, como predadores ou desastres naturais, que muitas vezes vinham acompanhados de sons fortes.
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Esses medos primitivos, embora simples, desempenham um papel crucial na sobrevivência. Eles nos preparam desde o início da vida a reagir a ameaças físicas sem a necessidade de aprendizado prévio. Com o tempo, novos medos podem surgir a partir de experiências pessoais, mas o receio de alturas e de barulhos estrondosos nos lembra que o instinto de autopreservação está presente desde o berço.