Dormir bem é essencial para preservar a saúde em todas as fases da vida. Muito além de garantir disposição e concentração durante o dia, o descanso noturno exerce um papel central na regulação de diversos sistemas do organismo.
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Pesquisadores canadenses revelaram que a privação constante de sono favorece o acúmulo de substâncias semelhantes a placas no cérebro. Esse acúmulo, por sua vez, está diretamente relacionado à deterioração da função cognitiva, além de aumentar o risco de demência em idades mais avançadas.
Além disso, o estudo, publicado na revista Science Advances, demonstra que a interrupção prolongada do sono contribui para o envelhecimento precoce das células do sistema imunológico cerebral. Como resultado, capacidades mentais importantes também podem ser comprometidas.
Segundo Daniel Cardinali, professor emérito da Universidade de Buenos Aires e pesquisador do CONICET, o repouso adequado é indispensável para manter a homeostase — a capacidade do corpo de conservar seu equilíbrio interno diante de desafios do ambiente. Nesse sentido, quanto maior a qualidade do sono, maior a eficácia desse processo vital.
‼ No campo da saúde ocupacional, já está bem estabelecido que noites mal dormidas favorecem a presença de inflamações crônicas. Esse tipo de inflamação atua como um fator-chave no desenvolvimento de várias doenças crônicas não transmissíveis, como enfermidades cardiovasculares e metabólicas, ressalta Cardinali.
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Ademais, a escassez de sono ativa de maneira desordenada células do sistema imune cerebral. Embora essas células devam ser acionadas apenas para eliminar agentes infecciosos e resíduos celulares, sua ativação indevida acelera o desgaste do cérebro com o passar do tempo.