Pesquisadores da Universidade Rockefeller, em Nova York, descobriram que algumas pessoas são até 100 vezes mais atraentes para o mosquito Aedes aegypti — transmissor da dengue, zika e chikungunya — devido a altos níveis de ácidos carboxílicos na pele.
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As substâncias, liberadas naturalmente pelo corpo e metabolizadas por bactérias presentes na pele, exalam odores para as fêmeas do mosquito, que dependem do sangue humano para se reproduzir.
O estudo, publicado na revista Cell em 2022, usou um experimento que consiste em reunir voluntários com meias de náilon nos braços para capturar o odor corporal. Os tecidos foram então expostos aos mosquitos em uma caixa transparente.
Segundo a líder da pesquisa, Leslie Vosshall, nem perfume, nem dieta ou tipo de sabonete interferiram no resultado: o “magnetismo” ao mosquito se manteve estável ao longo de três anos. A explicação pode estar no microbioma da pele, conjunto de bactérias único em cada indivíduo e responsável pela produção de odores específicos.
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As descobertas podem permitir um caminho para o desenvolvimento de novos repelentes ou até cremes probióticos capazes de alterar os odores da pele e tornar as pessoas menos atrativas para os mosquitos.