Cientistas desenvolveram um curativo elétrico inovador que acelera a cicatrização de feridas crônicas. Este curativo utiliza um campo elétrico para estimular a recuperação. Um estudo publicado na revista Science revelou que, em testes com camundongos diabéticos, a cicatrização foi 30% mais rápida em comparação com curativos convencionais.
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Maggie Jakus, coautora do estudo, explica: “Testamos os curativos em camundongos diabéticos, que são um modelo comumente usado para a cicatrização de feridas humanas” Além disso, o dispositivo promoveu a formação de novos vasos sanguíneos e reduziu a inflamação. Assim, houve uma melhora geral na cicatrização.
O curativo é descartável e maleável. De um lado, ele possui eletrodos em contato com a pele, enquanto o outro contém uma bateria biocompatível. Para ativá-la, basta aplicar uma gota de água. O campo elétrico gerado pode durar horas. Além disso, os eletrodos foram projetados para se adaptar à superfície das feridas, que costumam ser profundas e irregulares.
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Rajaram Kaveti, principal autor do estudo, destaca a importância dessa adaptação: “Queremos que o campo elétrico seja direcionado da periferia para o centro da ferida”. Para isso, os eletrodos precisam estar em contato tanto na borda quanto no centro da ferida. Dessa forma, essa versatilidade garante que o curativo seja fácil de aplicar e não atrapalhe a mobilidade dos pacientes.
Testes em humanos
Amay Bandodkar, coautor do trabalho, acrescenta que a tecnologia deve ser prática. Ele deseja que as pessoas consigam usar em casa e não apenas em clínicas. No entanto, embora o curativo tenha mostrado resultados promissores, ele ainda precisa passar por ajustes antes de testes em humanos. O cientista disse que eles estão trabalhando para aprimorar a estabilidade do campo elétrico e aumentar sua duração, com o objetivo de avançar para testes clínicos.