Um grupo de pesquisadores chineses alcançou um marco inédito na medicina ao provocar a remissão completa da diabetes tipo 2 em um paciente. O feito, considerado revolucionário, ocorreu no Hospital Changzheng, em Xangai, por meio de um transplante experimental de células-tronco. A técnica regenerou as ilhotas pancreáticas — estruturas fundamentais para a produção de insulina — a partir de células do próprio paciente.
++ Saiba quantos megapixels os olhos possuem
Conforme publicado em uma revista científica de renome, o paciente vivia com diabetes havia mais de duas décadas. No entanto, após o procedimento, conseguiu passar 33 meses sem precisar de injeções de insulina, mantendo controle glicêmico adequado ao longo desse período.
O tratamento começou com a coleta de células mononucleares do sangue do próprio indivíduo. Em seguida, essas células foram reprogramadas em laboratório até se transformarem em células-tronco com capacidade de originar diferentes tipos celulares.
Logo após esse processo, os cientistas induziram a especialização das células em estruturas semelhantes às ilhotas pancreáticas. Uma vez transplantadas, essas estruturas passaram a produzir insulina naturalmente dentro do organismo do paciente — sem necessidade de medicação externa. Esse é o primeiro caso registrado de recuperação funcional do pâncreas em um paciente com diabetes tipo 2, utilizando apenas tecidos derivados de suas próprias células. Por isso, especialistas enxergam no avanço uma esperança concreta para o tratamento de doenças crônicas.
++ Asteroide maior que a torre Eiffel se aproxima da Terra
Além disso, o feito fortalece o campo das terapias regenerativas, sugerindo que enfermidades antes consideradas irreversíveis talvez possam ser revertidas em um futuro próximo — com menos dependência de medicamentos e mais foco na regeneração dos tecidos.