Desde abril de 2024, autoridades chinesas vêm intensificando uma ampla campanha nacional para coibir a exibição de estilos de vida luxuosos por criadores de conteúdo digital. A iniciativa, batizada de “Claro e Brilhante” (em inglês, Clear and Bright), é liderada pela Administração do Ciberespaço da China. Seu objetivo principal é eliminar conteúdos que contradigam as diretrizes sociais estabelecidas pelo país.
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Um dos principais focos da campanha envolve influenciadores que promovem rotinas marcadas pelo consumo de bens de alto valor. Além disso, o governo afirma que esse tipo de conteúdo acentua desigualdades econômicas e sociais, além de contrariar os princípios morais que deseja consolidar na sociedade chinesa.
Nesse sentido, vídeos com exibições de carros de luxo, viagens extravagantes ou coleções de joias se tornaram alvos prioritários. As autoridades alegam que tais publicações alimentam padrões de comportamento considerados supérfluos e prejudiciais ao bem comum.
Como consequência da ofensiva, milhares de postagens já foram removidas, e diversas contas em redes sociais sofreram suspensão. Segundo a justificativa oficial, esses perfis encorajam o culto a “desejos banais” e atitudes incompatíveis com o ideal de moderação que o governo pretende difundir.
Além disso, a campanha também busca influenciar o consumo e os hábitos de entretenimento do público, especialmente entre os mais jovens. Para o governo, o ambiente digital deve refletir valores mais condizentes com uma sociedade equilibrada e ética.
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Essa medida integra a estratégia mais ampla de “prosperidade comum”, defendida pelo presidente Xi Jinping. A proposta visa mitigar os desequilíbrios econômicos e construir uma estrutura social mais justa e solidária.
Por fim, a campanha “Claro e Brilhante” revela uma tentativa clara do governo chinês de moldar o ambiente digital para promover valores voltados ao desenvolvimento coletivo, em detrimento de práticas vistas como individualistas ou excessivas.
