Um estudo científico trouxe constatações de que o oceano pode estar sendo ameaçado por uma combinação de ondas de calor marinhas, escassez de clorofila e acidificação acentuada do mar, além dos impactos causados pelas mudanças climáticas.
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Segundo os pesquisadores, em estudo publicado na revista Nature Communications, este tipo de fenômeno era praticamente inexistente há cerca de 20 anos, e sugere que as mudanças climáticas impulsionadas pela atividade humana são as causadoras do problema analisado.
Durante o trabalho, a ocorrência dos eventos foi analisada ao longo de dois períodos de 10 anos consecutivos: de 1999 a 2008 e de 2009 a 2018. No total, seis regiões do Atlântico Sul, três perto da costa brasileira e três do litoral da África, foram verificadas.
Segundo os cientistas, no primeiro intervalo estudado não houve nenhum caso em que as três situações fossem registradas ao mesmo tempo. No segundo, por sua vez, estes eventos triplos se tornaram relativamente comuns. Em algumas situações a duração mínima dos fenômenos conjuntos variou de 17 a 49 meses.
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Os pesquisadores alertam que os distúrbios climáticos intensos podem afetar a pesca. Como por exemplo: as águas mais quentes e ácidas aumentam a mortalidade de espécies marinhas, enquanto a menor presença de clorofila no mar prejudica a realização de fotossíntese em plantas e algas, o que diminui o alimento disponível para muitos organismos marinhos.
