Um artigo escrito por Justin Stebbing, professor de Ciências Biomédicas da Universidade de Cambridge, e publicado no The Conversation, surpreendeu ao ter associado os dinossauros com o câncer.
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No artigo, foi explicado que, em teoria, animais grandes e de vida longa, como baleias e elefantes, deveriam ser mais propensos ao câncer, mas muitos deles desenvolveram mecanismos de defesa, e os dinossauros poderiam seguir a mesma lógica.
“Os elefantes, por exemplo, carregam cópias extras do gene TP53, um supressor de tumores. As baleias da espécie Bowhead, que podem viver mais de 200 anos, têm mecanismos ultraeficientes de reparo do DNA, e os danos ao DNA são a causa principal do câncer. Os dinossauros, como alguns dos maiores animais que já existiram, provavelmente enfrentaram problemas semelhantes”, declarou Stebbing.
Escavações anteriores já encontraram, inclusive, tumores fossilizados em espécies de Tyrannosaurus rex e Telmatosaurus, indicando que esses gigantes podem não ser imunes ao câncer. Stebbing contou ainda que, em 2016, leu um artigo sobre a descoberta de um fóssil de Telmatosaurus transsylvanicus na Romênia – e ele tinha um tumor na mandíbula.
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“Fiquei fascinado com o que poderíamos aprender com isso. Embora houvesse alguns relatos anteriores de cânceres em outros ossos de dinossauros e descobertas anteriores de tecidos moles como vasos sanguíneos em fósseis, ninguém jamais havia descrito tecidos moles em um tumor antigo”, declarou Justin.
