A presença da coruja nas moedas gregas de 1 euro não é mera coincidência. Trata-se de uma referência direta à história da Grécia Antiga, especialmente ao tetradracma, uma moeda de prata amplamente utilizada no século V a.C. Conhecida como glaux — que significa “coruja” em grego —, essa peça tornou-se um dos ícones monetários mais célebres da Antiguidade.
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Feito com prata de alta pureza, o tetradracma ganhou destaque tanto nas transações internas quanto no comércio exterior. Por essa razão, circulou intensamente por todo o mundo mediterrâneo, conquistando prestígio e reconhecimento durante o período clássico.
Além disso, sua popularidade refletia a força econômica e cultural de Atenas, centro político e intelectual da época.
Na face da moeda, era possível ver o rosto da deusa Atena — divindade associada à sabedoria, à estratégia e à proteção de Atenas. No verso, aparecia uma coruja, símbolo da deusa, acompanhada de um ramo de oliveira e das letras ΑΘΕ, uma abreviação do nome da cidade em grego antigo. Essa iconografia reforçava não só os valores da cidade, como também seu papel proeminente no mundo grego.
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Ao adotar o euro como moeda oficial em 2002, a Grécia optou por resgatar essa herança cultural milenar. A escolha da coruja reafirma, portanto, o vínculo entre o presente e o passado, celebrando uma era marcada pela sabedoria, pela arte e pelo poder comercial.