Colar de vidro preto resgatado dos destroços do Titanic vira atração em exposição nos EUA

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Mais de um século após o naufrágio do Titanic, um raro colar de vidro preto, recuperado dos destroços do transatlântico, passa a fazer parte de uma exposição pública nos Estados Unidos. A peça, considerada uma das joias mais significativas já retiradas do fundo do Atlântico, está em exibição na “Titanic: The Artifact Exhibition”, em Orlando, na Flórida.

O colar, composto por contas em formato de coração e peças octogonais interligadas, foi encontrado em 2000, durante uma expedição realizada a cerca de quatro mil metros de profundidade. O artefato estava preso em uma concreção — uma massa sólida formada pela fusão de materiais por ação da pressão e das condições extremas do fundo do mar.

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A restauração foi um processo delicado e minucioso, segundo explicou Tomasina Ray, presidente da RMS Titanic Inc, empresa responsável pela recuperação e conservação de objetos do Titanic. “Foi necessário remover conta por conta, com extremo cuidado, até conseguir reconstituir o colar”, afirmou em entrevista ao jornal britânico Daily Mail.

Especialistas acreditam que a joia, provavelmente feita de azeviche francês — um tipo de vidro negro muito usado em acessórios de luto durante o período vitoriano —, tenha pertencido a um dos 1.517 passageiros que perderam a vida na tragédia de 1912. Outra possibilidade é que o objeto tenha sido deixado por um sobrevivente no tumulto que marcou as últimas horas do navio.

Desde o resgate, o colar passou por anos de análise e conservação nos laboratórios da RMS Titanic Inc, responsável por mais de 5.500 artefatos recuperados em nove expedições ao local do naufrágio desde a descoberta dos destroços, em 1985.

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Agora, a joia divide espaço com outros itens emblemáticos, como uma enorme seção de duas toneladas do casco do navio, apelidada de “Pequeno Pedaço”.

Para os organizadores da exposição, o colar é mais do que um simples objeto. Representa uma conexão direta com as histórias humanas por trás da maior tragédia marítima do século 20. “Cada peça que retiramos dali carrega consigo uma história de vida e de perda. Nosso trabalho é preservar essas memórias e compartilhar com o público”, concluiu Tomasina Ray.

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