Sobrevivente do Holocausto de 95 anos é morta em ataque iraniano a Israel

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Ivette Shmilovitz, de 95 anos, sobrevivente do Holocausto, foi uma das vítimas de um ataque com mísseis realizado pelo Irã contra a região central de Israel. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (23) pelo município de Petah Tikva, onde ela residia.

Segundo autoridades locais, Ivette não estava no prédio diretamente atingido, mas acabou morta pela onda de choque provocada pela explosão. Ela deixa três netas e quatro bisnetos.

Outras três pessoas morreram no mesmo ataque: Yaakov e Hadassah Belo, ambos de 77 anos, e Daisy Yitzhaki, de 85. Em nota, a prefeitura descreveu os mortos como “queridas e amadas pessoas, cujo único pecado foi querer viver uma vida pacífica e segura”.

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O míssil atingiu um prédio de 20 andares e explodiu entre dois quartos seguros — espaços reforçados dentro dos apartamentos que deveriam proteger os moradores de ataques aéreos. Yaakov e Hadassah estavam em um desses cômodos quando o impacto destruiu a estrutura. Já Daisy estava no andar de cima, fora da área protegida. Sua cuidadora sobreviveu, mas ficou ferida, segundo o portal Ynet.

Embora sejam considerados adequados para proteger contra estilhaços, os chamados “quartos seguros” não resistem ao impacto direto de mísseis de grande porte como os utilizados no ataque. Especialistas alertam que apenas abrigos subterrâneos públicos oferecem proteção plena nesse tipo de cenário.

Conflito em escala

A morte de Ivette ocorre no contexto da guerra entre Irã e Israel, iniciada em 13 de junho após um bombardeio israelense a instalações no território iraniano. Segundo números divulgados pela ONU, os confrontos já causaram mais de 600 mortes no Irã e 25 em Israel, além de mais de 3 mil feridos registrados pelas autoridades iranianas.

Israel afirma que sua ofensiva visa conter o avanço do programa nuclear do Irã. Curiosamente, o Estado israelense é até hoje o único país do Oriente Médio que possui oficialmente armas nucleares.

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Desde o início do conflito, Israel eliminou oito altos comandantes da Guarda Revolucionária iraniana, incluindo Amir Ali Hajizadeh e Mahmoud Bagheri.

No domingo (22), os Estados Unidos intensificaram a crise ao atacar três instalações nucleares iranianas — Fordow, Natanz e Esfahan. “Concluímos nosso ataque com muito sucesso”, declarou o presidente Donald Trump nas redes sociais.

A escalada preocupa a comunidade internacional. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) convocou uma reunião de emergência e alertou para os riscos de uma “catástrofe nuclear” caso a usina de Bushehr, localizada no sul do Irã, seja alvo de novos bombardeios.

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