Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Michigan está em busca de um método capaz de filtrar a poluição que atinge o redor do mundo. A região se estende na Zona Crítica da Terra, e alcança o topo das árvores até uma profundidade de 213 metros abaixo do solo.
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“Nessa zona está a maior parte da vida no planeta, pois regula processos essenciais como a formação do solo, a ciclagem da água e de nutrientes – vitais para a produção de alimentos e a saúde dos ecossistemas. Apesar de sua importância, a Zona Crítica profunda representa uma nova fronteira, pois é uma parte significativa da Terra relativamente inexplorada”, disse James Tiedje, microbiologista autor do artigo, em um comunicado.
Após escavações, os pesquisadores encontraram uma surpresa: um novo micróbio, que estava se multiplicando intensamente a cerca de 21 metros abaixo da superfície. As amostras de solo com esses organismos no estado de Iowa, nos EUA, e na China também foram analisadas.
Nomeado de Sysuimicrobiota (também chamado de CSP1-3), esse filo (grupo de seres que compartilham características) de microrganismos foi detectado em diversos ambientes, como solos de pastagens, fontes hidrotermais e aquíferos. A análise genética indica que os ancestrais desses micróbios vieram de ambientes aquáticos.
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Além de espalhados pelo mundo, a pesquisa revelou que esses pequenos seres são extremamente dominantes, visto que compreendem mais de 50% das populações microbianas em algumas comunidades. “Acredito que isso ocorreu porque o solo profundo é um ambiente muito diferente, e esse grupo de organismos evoluiu ao longo de um grande período para se adaptar a esse ambiente de solo empobrecido”, disse Tiedje.