A NASA divulgou recentemente uma imagem que encantou cientistas e entusiastas do espaço: o núcleo da galáxia espiral M51, também conhecida como Galáxia do Redemoinho. A foto, capturada pelo Telescópio Espacial Hubble, revela um padrão intrigante que lembra uma cruz brilhante, a aproximadamente 31 milhões de anos-luz da Terra.
++ Príncipe belga é revelado como DJ Vyntrix e lança faixas autorais nas redes
A fotografia, feita com a câmera Wide Field Planetary do Hubble, revela detalhes surpreendentes da parte interna da galáxia. O formato que lembra uma cruz iluminada, na verdade, surge do contraste causado por faixas densas de poeira interestelar. Essas faixas bloqueiam parte da luz ao redor do núcleo, criando uma silhueta visual impressionante. No centro dessa formação, encontra-se um buraco negro supermassivo — com massa equivalente a até um milhão de sóis.
Segundo os astrônomos, a faixa mais espessa da cruz provavelmente representa um anel de poeira lateral à nossa linha de visão, com cerca de 100 anos-luz de extensão. Esse anel encobre o buraco negro e o disco de acreção ao redor dele, dificultando a visualização direta. Ainda assim, sua presença é crucial para a formação de jatos de plasma altamente energéticos, que emergem em sentidos opostos e moldam feixes estreitos de luz visível.
Além disso, a segunda faixa da cruz pode representar um disco de gás em rotação. Esse disco corta os jatos de plasma e contribui para a formação dos chamados cones de ionização — regiões onde o gás é energizado pela intensa radiação ao redor do buraco negro. O resultado é uma figura luminosa com cerca de 1.100 anos-luz de largura, cuja simetria chama a atenção tanto quanto o enigma que representa.
++ Conheça o micróbio capaz de limpar solos profundos
A imagem ressalta como as estruturas galácticas podem ser majestosas e complexas. Mais do que um espetáculo visual, ela comprova a capacidade dos telescópios espaciais modernos de explorar o universo com precisão inédita. Assim, a Galáxia do Redemoinho permanece como um objeto fascinante para a astronomia e uma poderosa janela para os fenômenos extremos do cosmos.