Após escapar por sete vezes da morte, a britânica Shona Hirons, de 49 anos, diz ter perdido completamente o medo de morrer. Ex-advogada, ela enfrentou um mini AVC, uma cirurgia no coração, um acidente gravíssimo de bicicleta, além de ter sido diagnosticada com câncer, Covid-19, pneumonia severa e meningite bacteriana. Longe de se vitimizar, Shona afirma que essas experiências a transformaram profundamente — e a ensinaram a viver com mais leveza e propósito.
A primeira grande crise aconteceu aos 22 anos, quando sofreu um acidente vascular cerebral provocado por estresse extremo. Anos depois, veio o diagnóstico de um buraco no coração, corrigido com uma cirurgia de peito aberto. Na tentativa de adotar um estilo de vida mais saudável, começou a pedalar — mas, em 2017, sofreu uma queda violenta e bateu o rosto no meio-fio.
“Apaguei imediatamente. Fui colocada em coma induzido por causa do inchaço no cérebro. Quando acordei duas semanas depois, achei que só tinha quebrado o dedo”, contou ela ao site Need To Know. O acidente deixou fraturas graves no rosto e apenas 20% de chance de sobrevivência. “Foi um verdadeiro inferno”, lembra.
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Dois anos após a reabilitação, Shona recebeu o diagnóstico de câncer no útero. Encarou a notícia com serenidade e completou o tratamento em oito meses, até ouvir o tão esperado “tudo limpo” dos médicos. “Acredito que o estresse e os traumas possam ter contribuído, mas nunca saberemos ao certo”, disse.
A sequência de sustos não parou por aí. Em 2024, ela voltou ao hospital com um combo de Covid-19, pneumonia e meningite bacteriana. Ainda assim, Shona não se abateu. “Dessa vez, eu apenas ri. Não achei que a vida estava me punindo. Não me perguntei ‘por que eu?’ como antes. Encarei tudo com leveza.”
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Para ela, o acúmulo de experiências de quase morte teve um efeito paradoxal: aumentou sua capacidade de viver plenamente. “Esses momentos foram os melhores da minha vida, porque me obrigaram a mudar. Eu trabalhava 80 horas por semana, me cobrava demais. Hoje, sou mais gentil comigo, mudei de carreira, sou positiva. Aprendi a amar a vida”, refletiu.
Com bom humor, Shona conta que a família vive dizendo que vai “embrulhá-la em plástico bolha”, mas ela não quer saber de se poupar. “Ninguém sabe quanto tempo tem. O que eu sei é que estou viva — e finalmente vivendo de verdade.”