Pais estão nomeando bebês com nomes ligados a assassinos e golpistas, aponta estudo

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Uma nova e controversa tendência está chamando atenção no Reino Unido: nomes associados a criminosos e assassinos em série estão crescendo em popularidade entre os recém-nascidos. A constatação vem de um levantamento do BabyCentre UK, que divulgou seu Top 100 de nomes de bebês para 2025 e trouxe à tona a influência da cultura pop — e de personagens sombrios — sobre as escolhas dos pais.

Entre os nomes que subiram no ranking estão “Anna”, “Arthur” e “Teddy”, todos com ligações a figuras criminosas que se tornaram mundialmente conhecidas, seja por histórias reais ou pelas representações em filmes, séries e documentários.

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A pesquisa, repercutida pelo jornal Extra, destaca que o fenômeno pode ter menos a ver com a admiração pelos personagens e mais com a maneira como o entretenimento os apresenta. Ao serem incorporados em produções de grande audiência — e muitas vezes interpretados por atores carismáticos — nomes antes ligados a crimes brutais ganham uma nova camada de familiaridade.

“Esses nomes não estão sendo escolhidos por causa do crime em si”, explica SJ Strum, especialista em nomenclatura do BabyCentre. “O que vemos é uma assimilação inconsciente de referências culturais populares, influenciada por mídias como séries, podcasts e redes sociais.”

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Nomes em alta com passado sombrio

Veja alguns exemplos que figuram no Top 100 e têm ligação com personagens reais ou fictícios de crimes:

  • Anna – Nome da golpista Anna Delvey, retratada na minissérie Inventando Anna, da Netflix.

  • Arthur – Lembrado por Arthur Lee Allen, suspeito central no caso do Assassino do Zodíaco.

  • Teddy – Referência ao serial killer Ted Bundy, que matou dezenas de mulheres nos anos 1970.

  • Freddie e Rose – Em alusão ao casal Fred e Rose West, assassinos em série britânicos.

  • Ruby – Ligado a Ruby Franke, influenciadora condenada por abusos, retratada em O Diabo na Família.

  • Erin – Nome de Erin Patterson, investigada na Austrália por supostamente envenenar familiares com cogumelos.

  • Luca – Referência a Luka Magnotta, foco do documentário Don’t F**k with Cats.

Apesar das polêmicas, o levantamento mostra como a cultura pop continua sendo uma força poderosa sobre decisões pessoais — até mesmo na hora de nomear um filho. A naturalização desses nomes, no entanto, levanta um debate ético sobre o limite entre entretenimento e memória histórica.

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