Cortes de Trump podem demitir mais de 2 mil funcionários da NASA e paralisar missões espaciais

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A NASA enfrenta um momento de incerteza diante da proposta de orçamento apresentada pelo governo de Donald Trump para 2026. A Casa Branca sugeriu uma redução drástica nos recursos da agência espacial americana, de US$ 24,8 bilhões para US$ 18,8 bilhões — o que pode resultar na demissão de mais de dois mil funcionários e no cancelamento de missões científicas em andamento.

Segundo informações do portal Politico, a proposta inclui a eliminação de cerca de 2.145 postos de trabalho, afetando principalmente profissionais de alto nível técnico, muitos deles envolvidos diretamente em programas de voos espaciais tripulados. A maior parte das demissões — estimadas em 1.818 — impactaria áreas críticas, como desenvolvimento de missões, engenharia aeroespacial e operações de voo. O restante dos cortes deve atingir setores de apoio, como tecnologia da informação, gestão de instalações e finanças.

As demissões ocorreriam de forma voluntária, por meio de incentivos oferecidos pelo próprio governo. No entanto, esse número representa apenas metade do enxugamento que Trump deseja implementar na agência.

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Centro Espacial Kennedy também será afetado

O plano de cortes não poupa nem mesmo o Centro Espacial Kennedy, na Flórida, um dos principais polos de lançamentos espaciais dos Estados Unidos. A possível redução de equipe e recursos no local pode afetar diretamente a realização de missões futuras, inclusive aquelas voltadas para a Lua.

Especialistas do setor alertam que a medida representa uma ameaça concreta à continuidade de projetos estratégicos da NASA. Missões como a Juno, que estuda Júpiter, e a New Horizons, que revelou imagens inéditas de Plutão, estão entre as que podem ser encerradas por falta de verba.

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Ciência em risco

A comunidade científica considera que a proposta orçamentária compromete anos de avanço na exploração espacial. As áreas mais atingidas seriam justamente os setores de pesquisa e ciência, que sofreriam cortes de até 50% nos recursos. Se o plano for aprovado pelo Congresso, estima-se que a NASA perca até um terço de seu corpo técnico — o que, segundo analistas, pode gerar atrasos de anos em programas de exploração, incluindo a futura missão a Marte.

O cenário gerou reação de especialistas e ex-integrantes da agência, que pedem ao Legislativo norte-americano que reveja os cortes. Além de comprometer a liderança dos Estados Unidos no setor aeroespacial, a redução orçamentária pode gerar impactos econômicos e geopolíticos duradouros.

Enquanto a proposta ainda aguarda análise no Congresso, o futuro da NASA permanece indefinido — e carregado de incertezas sobre o papel dos Estados Unidos na corrida espacial das próximas décadas.

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