A startup norte-americana Rainmaker, especializada em semeadura de nuvens, virou alvo após enchentes que atingiram o Texas, nos Estados Unidos. A tragédia, que deixou mais de 100 mortos e dezenas de desaparecidos, coincidiu com uma operação de modificação climática realizada dias antes na região, alimentando especulações sobre uma possível relação entre os eventos.
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Augustus Doricko, fundador da empresa, relata ter enfrentado uma avalanche de acusações online, impulsionadas por figuras públicas, influenciadores e políticos, em reportagem do Washington Post.
A técnica conhecida como cloud seeding, ou semeadura de nuvens, consiste em dispersar partícula nas nuvens para estimular a formação de chuva, usada principalmente em regiões com longos períodos de seca, como partes do oeste dos EUA, e ainda tem efeitos limitados e localizados.
A missão durou cerca de 20 minutos e resultou em uma leve garoa, insuficiente para qualquer impacto duradouro. No dia seguinte, ao detectar uma frente de tempestade, a empresa suspendeu novas atividades na região.
Especialistas como Bob Rauber, professor emérito de ciências atmosféricas da Universidade de Illinois, afirmaram que não há como operações desse tipo causarem tempestades de grande escala. “A quantidade de energia necessária para formar uma tempestade como aquela é astronômica”, disse ele, em entrevista ao veículo.