O príncipe Harry voltou a Angola nesta semana para um momento carregado de simbolismo e memória. Durante visita oficial ao país, o duque de Sussex recriou a icônica cena de sua mãe, a princesa Diana, atravessando um campo minado — imagem que se tornou um marco na luta internacional contra explosivos remanescentes de guerra.
A ação aconteceu na última quarta-feira (16), na região de Cuito Cuanavale, e foi divulgada pela organização humanitária The HALO Trust, que atua há décadas na remoção de minas terrestres em zonas de conflito. Em 1997, Diana de Gales percorreu um campo minado em Huambo, no sul de Angola, chamando a atenção do mundo para o drama das vítimas desses artefatos. Em 2019, Harry já havia visitado o mesmo local. Agora, repete o gesto em uma nova região, onde ainda persistem riscos à população.
++ Apresentação de maestro russo em festival italiano gera protestos e controvérsias
“Em 1997, minha mãe esteve em Huambo. Eu estive lá em 2019. Hoje, aquele campo minado é uma comunidade viva, onde crianças brincam com segurança. Isso mostra o poder da transformação”, declarou o príncipe em vídeo publicado pela ONG.
Durante a visita, Harry caminhou por áreas contaminadas, conversou com famílias afetadas e reforçou seu compromisso com a causa, especialmente com a proteção das crianças. “Nenhuma criança deveria viver com medo de brincar ao ar livre ou de ir à escola”, afirmou.
Na véspera, o príncipe se reuniu com o presidente de Angola, João Lourenço, e com James Cowan, CEO da HALO Trust. O encontro selou o apoio contínuo do governo angolano às ações de desminagem. Desde o início dos trabalhos no país, em 1994, a entidade já limpou áreas equivalentes a quase 7 mil campos de futebol. Ainda assim, mais de mil campos minados continuam ativos, exigindo esforços redobrados para que Angola possa, no futuro, ser declarada livre desse tipo de armamento.
++ Raposa é acusada de roubar pares de calçados em parque nacional dos EUA
A visita de Harry reforça o papel simbólico e político da monarquia britânica em causas humanitárias e dá continuidade ao legado de sua mãe, que há quase três décadas ajudou a colocar o tema das minas terrestres na pauta internacional.