O Congresso dos Estados Unidos prepara-se para convocar Ghislaine Maxwell, ex-parceira de Jeffrey Epstein, a depor oficialmente sobre seu envolvimento no esquema de tráfico sexual que abalou as instituições norte-americanas. Atualmente cumprindo uma pena de 20 anos de prisão, Maxwell pode ser chamada a prestar esclarecimentos diretamente ao Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados.
A proposta foi apresentada pelo deputado republicano Tim Burchett, do Tennessee, que defende uma investigação mais profunda sobre as redes de influência e os possíveis cúmplices ainda não revelados. “Precisamos enviar uma mensagem clara a esses indivíduos desprezíveis. Já se passaram quatro anos. Chega de silêncio”, afirmou o parlamentar em nota divulgada na plataforma X (antigo Twitter).
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A movimentação ocorre em meio à pressão crescente por maior transparência nos documentos relacionados ao caso Epstein. Parte dos arquivos permanece sob sigilo, especialmente após a gestão Trump ter optado por não divulgar integralmente os registros ligados à investigação. Tanto democratas quanto republicanos têm exigido explicações.
Paralelamente, um juiz federal de Nova York ordenou que o governo apresente justificativas formais para a liberação do depoimento sigiloso do grande júri responsável pela acusação contra Maxwell em 2021. O juiz Paul Engelmayer estabeleceu o prazo de 29 de julho para que o Departamento de Justiça envie um parecer jurídico sobre o caso. Maxwell e representantes das vítimas devem se manifestar até o dia 5 de agosto.
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A possível convocação de Maxwell reacende as tensões em torno de uma das investigações mais polêmicas dos últimos anos, marcada por acusações envolvendo nomes influentes da política, das finanças e do entretenimento. A expectativa é que novos depoimentos possam lançar luz sobre a extensão do esquema e seus beneficiários, respondendo a um clamor público por justiça que persiste desde a morte de Epstein, em 2019.
