Robert Pickton, um dos mais notórios assassinos em série do Canadá, foi morto dentro da penitenciária de segurança máxima de Port-Cartier, na província de Quebec. O detento Martin Charest, de 52 anos, foi formalmente acusado pelo homicídio, ocorrido em 19 de maio de 2024. Pickton, que tinha 74 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu 12 dias após o ataque.
De acordo com o relatório oficial, Charest utilizou um cabo de vassoura quebrado para agredir o ex-pecuarista, golpeando seu rosto com violência. O acusado, que cumpre uma pena de 36 meses por lesões corporais em série, deverá comparecer ao tribunal em 24 de julho para responder pelas novas acusações.
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O caso reacende a atenção sobre o histórico brutal de Pickton, condenado em 2007 à prisão perpétua pelo assassinato de seis mulheres. No entanto, investigações revelaram restos mortais de pelo menos 33 vítimas em sua fazenda de porcos na Colúmbia Britânica. Em gravações feitas por policiais disfarçados, o próprio Pickton afirmou ter matado 49 mulheres, número que nunca chegou a ser oficialmente julgado devido à pena máxima já imposta.
As revelações sobre seus crimes chocaram o país. Pickton estrangulava suas vítimas e, segundo ele próprio confessou, utilizava os restos mortais para alimentar seus animais. A gravidade do caso foi tamanha que autoridades chegaram a emitir alertas sanitários temendo contaminações em carnes vendidas na região próxima à sua propriedade rural.
Em resposta ao assassinato dentro da prisão, o relatório da investigação recomenda medidas urgentes para restringir o acesso de detentos a objetos que possam ser convertidos em armas. Um dos projetos em andamento prevê o reforço nas portas dos depósitos de materiais de limpeza nas unidades de convivência.
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A morte de Pickton encerra um dos capítulos mais sombrios da crônica criminal canadense, mas também levanta questões sobre a segurança nas prisões e o destino de criminosos que marcaram a história pela violência extrema.
