Avião russo cai perto da fronteira com a China e autoridades descartam sobreviventes

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As autoridades russas confirmaram nesta quarta-feira (24) que não há sinais de sobreviventes após a queda de um avião da companhia Angara Airlines na região do Extremo Oriente do país. A aeronave, um modelo An-24 fabricado em 1976, desapareceu dos radares momentos antes de pousar na cidade de Tynda, no Oblast de Amur, próximo à fronteira com a China.

De acordo com os primeiros relatos das equipes de resgate, os destroços foram encontrados em chamas numa encosta montanhosa a cerca de 14 quilômetros do aeroporto local. A densa coluna de fumaça avistada de helicópteros guiou as buscas até o local do impacto. Segundo informações repassadas à agência estatal russa Tass, o terreno acidentado impediu o pouso das aeronaves de resgate. “Até agora, não há expectativa de encontrar sobreviventes”, disse um agente envolvido na operação.

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O voo levava 49 pessoas a bordo, incluindo 43 passageiros — entre eles cinco crianças — e seis tripulantes, segundo declarou o governador regional Vasily Orlov em publicação no Telegram. Todas as equipes de emergência disponíveis foram mobilizadas para a operação, enquanto as autoridades russas iniciaram a investigação das causas da tragédia.

Entre as hipóteses iniciais estão falhas mecânicas e erro humano, conforme informou o Comitê de Transporte da Rússia. O An-24, que já acumula quase cinco décadas de uso, é conhecido por sua resistência em regiões remotas, mas vem sendo alvo de preocupações quanto à segurança. Dados da agência independente Agentstvo apontam que essa mesma aeronave já havia apresentado falhas técnicas nos últimos anos, incluindo problemas no gerador e falhas de comunicação em voo.

Este é o primeiro acidente aéreo fatal com passageiros na aviação civil russa desde 2021, quando um An-26 caiu na península de Kamchatka, matando todos os ocupantes. Desde o início da guerra na Ucrânia, o setor aéreo da Rússia enfrenta dificuldades crescentes. As sanções impostas por países ocidentais têm limitado o acesso a peças de reposição e manutenção para aeronaves estrangeiras, forçando as companhias a manter em operação modelos antigos como o An-24.

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A tragédia em Tynda reacende o debate sobre a obsolescência da frota regional e os riscos enfrentados por passageiros que dependem do transporte aéreo em áreas remotas da Federação Russa.

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