Uma pesquisa científica revelou que homens adoecem mais e vivem menos que as mulheres em quase todos os países.
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A revisão global feita pela Universidade do Sul da Dinamarca, publicada em maio na revista científica PLOS Medicine, analisou marcadores de gênero em saúde em mais de 200 países, focando em hipertensão, diabetes e HIV/Aids.
Os resultados mostraram que homens possuem taxas mais altas dessas doenças, morrem mais cedo por causa delas e procuram menos o sistema de saúde, e o estudo aponta fatores sociais e culturais como principais explicações para esse padrão.
No Brasil, dados do IBGE refletem esse risco. Em 2023, a expectativa de vida masculina era de 73,1 anos, ante 79,7 anos das mulheres, uma diferença de quase sete anos. Os homens, historicamente, também fazem menos consultas de rotina e são mais resistentes a exames preventivos e a tratamentos contínuos.
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As consequências dessa resistência em recorrer ao sistema de saúde aparecem nas estatísticas de prevalência das doenças observadas pela pesquisa. Em relação ao HIV e à aids, entre 2007 e julho de 2024, 70,7% dos casos no Brasil se deram em homens, segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde de dezembro de 2024.