O prefeito de Criciúma (SC), Vaguinho Espíndola (PSD), decidiu viver na pele o que enfrentam os moradores de rua. No último dia 10 de julho, ele passou cerca de 20 horas nas ruas da cidade, completamente disfarçado. Durante a experiência, não foi reconhecido por ninguém — nem mesmo pela própria esposa e os dois filhos, que passaram por ele sem notar sua presença.
++ Bloqueio de contas: EUA aplicam sanções a Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky
“Foi um momento que me fez compreender o que é ser invisível”, relatou ao jornal Estadão.
A cidade de Criciúma, com aproximadamente 225 mil habitantes, foi o cenário dessa vivência. Embora o plano inicial fosse permanecer 24 horas nesse papel, o prefeito acabou sendo abordado por agentes da assistência social antes do previsto. Ainda assim, a experiência foi intensa. Para documentar a ação, um fotógrafo da prefeitura o acompanhou discretamente, sem interferir.
Espíndola usou barba e peruca falsas, maquiagem pesada e roupas desgastadas — um visual completamente diferente de sua imagem habitual. Durante o período em que ficou nas ruas, o prefeito recebeu esmolas que somaram quase R$ 6. Além disso, moradores ofereceram comida e café, mesmo sem saber de quem se tratava.
Um dos momentos mais tocantes ocorreu quando um menino de cerca de 10 anos saiu de uma lanchonete e lhe ofereceu uma xícara de café em pleno dia frio. “Não o conhecia, ele também não me reconheceu. Aquele ato simples me emocionou profundamente”, relatou.
++ Teoria de Harvard sugere presença oculta de civilização alienígena na terra
Ainda no semáforo, em apenas 15 minutos, o prefeito recebeu algumas moedas que totalizaram quase seis reais. No entanto, o episódio mais impactante aconteceu perto de sua própria casa, quando sua esposa e seus filhos passaram por ele sem perceber sua presença. Esse momento, segundo Espíndola, simbolizou o quanto essas pessoas são ignoradas diariamente pela sociedade.