O governo do Camboja anunciou nesta sexta-feira (1º) a intenção de indicar o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Prêmio Nobel da Paz. A informação foi confirmada pelo vice-primeiro-ministro cambojano, Sun Chanthol, em entrevista coletiva realizada em Phnom Penh.
Segundo Chanthol, a indicação se deve ao papel decisivo de Trump na mediação de um recente conflito na fronteira com a Tailândia — o mais intenso entre os dois países em mais de uma década. “Ele merece o Nobel”, declarou o vice-premiê. Em mensagem de texto enviada à agência Reuters, Chanthol confirmou a formalização da proposta com um breve “sim”.
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Mediação de conflito
O cessar-fogo entre Camboja e Tailândia foi alcançado na última segunda-feira (29/7), após uma rodada de negociações realizada na Malásia. O avanço diplomático teria sido facilitado por um telefonema de Trump aos líderes envolvidos na semana anterior. O conflito deixou ao menos 43 mortos e forçou mais de 300 mil pessoas a deixarem suas casas em ambos os lados da fronteira.
Após o anúncio da trégua, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, publicou na rede X (antigo Twitter): “Deem a ele o Prêmio Nobel da Paz!”, em alusão à atuação do ex-presidente.
Gratidão comercial
Além da mediação no conflito, o Camboja também atribui a Trump um gesto considerado essencial para sua economia. Chanthol afirmou que o republicano ajudou a evitar a imposição de tarifas severas sobre produtos cambojanos. As taxas de importação, que inicialmente seriam de 49%, teriam sido reduzidas progressivamente até 19% durante seu governo, beneficiando diretamente as indústrias de vestuário e calçados do país.
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Outras indicações
Esta não é a primeira vez que líderes internacionais manifestam apoio à candidatura de Donald Trump ao Nobel da Paz. Em junho, o Paquistão também anunciou planos de indicá-lo, citando seu papel na mediação das tensões com a Índia. No mês seguinte, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que apresentou uma indicação formal ao comitê do prêmio.
Até o momento, o Comitê Norueguês do Nobel não comentou as possíveis candidaturas.
