Após 500 anos, vulcão Krasheninnikov entra em erupção na Rússia após megaterremoto

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Um vulcão considerado adormecido há cerca de cinco séculos entrou em erupção na Península de Kamchatka, extremo leste da Rússia, dias após um terremoto de magnitude 8,8 atingir a região. Trata-se do vulcão Krasheninnikov, que, segundo autoridades locais, não registrava uma erupção significativa desde o século XVI.

A atividade vulcânica começou na madrugada do último domingo (3/8), lançando uma coluna de cinzas a até seis quilômetros de altitude. O evento ocorreu em meio a uma série de tremores sísmicos que têm abalado a região desde o final de julho, quando o megaterremoto provocou alerta de tsunami e mobilizou cientistas ao redor do mundo.

De acordo com o Ministério de Situações de Emergência da Rússia, não há risco iminente para áreas habitadas próximas ao Krasheninnikov. A erupção, no entanto, reacendeu o alerta sobre a relação entre eventos sísmicos de grande magnitude e a reativação de vulcões potencialmente ativos.

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Na manhã da erupção, um novo terremoto, de magnitude 7,0, foi registrado nas proximidades das Ilhas Curilas, arquipélago vulcânico entre a Rússia e o Japão. Um alerta de tsunami chegou a ser emitido, mas acabou sendo cancelado.

Especialistas acreditam que a erupção do Krasheninnikov e a recente atividade do vulcão Klyuchevskoy — também na região — possam ter sido desencadeadas pelas alterações tectônicas provocadas pelo terremoto de julho. “Grandes abalos sísmicos podem agir como gatilhos para vulcões que já acumulam magma sob pressão”, explicou o Serviço Geológico dos EUA (USGS), em nota.

A cientista Olga Girina, do Instituto de Vulcanologia e Sismologia da Rússia, confirmou que esta é a primeira erupção documentada do Krasheninnikov em mais de 500 anos. Embora o Smithsonian Institution registre a última atividade em 1550, registros locais indicam que a última efusão de lava pode ter ocorrido em meados do século XV.

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O fenômeno chama atenção para a complexa dinâmica sísmica da região, uma das mais ativas do mundo, onde terremotos e vulcões convivem em constante tensão geológica. Cientistas continuam monitorando a área, que pode enfrentar novas réplicas e instabilidades nas próximas semanas.

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