Corpo de meteorologista desaparecido há 65 anos é revelado pelo derretimento de geleira na Antártida

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O mistério que durou mais de seis décadas chegou ao fim com uma descoberta surpreendente na Ilha do Rei George, na Antártida. Os restos mortais do britânico Dennis “Tink” Bell, desaparecido em 1959 durante uma expedição científica, foram encontrados por pesquisadores poloneses após o derretimento parcial da Geleira Ecology.

Bell, então com 25 anos, atuava no Serviço de Dependências das Ilhas Malvinas, que mais tarde se tornaria o British Antarctic Survey. Ele participava de um levantamento geológico quando caiu em uma fenda profunda. Apesar dos esforços imediatos do colega Jeff Stokes, as condições extremas e a instabilidade do gelo impediram o resgate. Desde então, a família não teve mais notícias sobre seu paradeiro.

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A descoberta aconteceu em janeiro deste ano, quando membros da Estação Antártica Polonesa Henryk Arctowski localizaram fragmentos ósseos e mais de 200 objetos pessoais, entre eles um relógio gravado, um rádio e um cachimbo. Segundo os pesquisadores, Bell não foi encontrado no ponto exato onde caiu, mas sim no trajeto natural da geleira, que desloca lentamente sua massa de gelo.

O material foi transportado para as Ilhas Malvinas e depois para Londres, onde testes de DNA confirmaram a identidade do meteorologista a partir de amostras fornecidas por seus irmãos. Para David Bell, o reencontro com o irmão, mesmo que após tantos anos, representa um alívio: “Pensava que nunca saberíamos o que aconteceu. Agora, ele voltou para casa”, disse à BBC.

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Especialistas apontam que a localização dos restos mortais só foi possível devido ao avanço do degelo provocado pelas mudanças climáticas, que expôs parte do terreno antes inacessível. Para o British Antarctic Survey, a descoberta também é um tributo à contribuição de Bell e de tantos outros exploradores que ajudaram a abrir caminho para a pesquisa científica no continente mais inóspito do planeta.

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