Um mecanismo de ataque contra uma das formas de câncer de fígado foi descoberto por pesquisadores do Instituto de Ciência de Tóquio, no Japão, e traz uma nova esperança de tratamento do carcinoma hepatocelular (CHC).
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A pesquisa veio com foco em uma variante particularmente agressiva, caracterizada por tumores que formam grandes “camadas” ao redor dos vasos sanguíneos, cujo encapsulamento não apenas promove o crescimento do tumor, mas é imunossupressor e resistente aos tratamentos padrão.
Todavia, cientistas conseguem romper a estrutura protetora do tumor, permitindo que as células imunológicas se infiltrem e ataquem o câncer. “Utilizando a análise integrada de conjuntos de dados de sequenciamento de RNA em larga escala e de células individuais, refinamos a classificação molecular e imunológica do câncer de fígado”, disse Shinji Tanaka, que liderou o estudo.
“Utilizando essas descobertas, desenvolvemos um modelo murino singênico de CHC agressivo, que exibiu alta capacidade mitótica, tumorigênica e metastática, contribuindo para a evasão imunológica”, explicou. Os cientistas analisaram mais de 228.000 células individuais usando sequenciamento de RNA de célula única e combinaram isso com dados de 691 amostras de tumores de CHC, e descobriram que o subtipo agressivo era caracterizado por uma combinação de células em rápida divisão, com metabolismo de glicose ou síntese de gordura elevados.
“O gene TP53 codifica a proteína supressora de tumor (p53), que previne o câncer, mas mutações desativam essa função. O MYC é um oncogene que impulsiona o crescimento celular e a progressão do tumor, enquanto o baixo número de células T enfraquece a capacidade do sistema imunológico de combater o tumor”, disse um comunicado.