Geralmente, quando se é feito exame de vistas, profissionais de oftalmologia recomendam que o uso de filtro luz azul nas lentes seja essencial e ajuda a minimizar os efeitos negativos desse espectro da luz. Todavia, um estudo científico revelou que esses óculos não proporcionam alívio, tampouco proteção contra o cansaço visual pelo uso de telas.
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De acordo com o periódico científico Cochrane Database of Systematic Reviews, especialistas afirmam que a luz azul emitida por tablets, smartphones, televisores e telas de computador pode ser prejudicial à pele e aos olhos, resultando potencialmente em rugas, dores de cabeça, olhos secos e falta de sono.
“Nos últimos anos, houve um importante debate sobre a eficácia oftalmológica das lentes de óculos com filtro de luz azul”, comenta a pesquisadora Laura Downie, da Universidade de Melbourne, na Austrália, uma das responsáveis pelo estudo. “Essas lentes, frequentemente prescritas para pacientes em várias partes do mundo”, apontou ela.
“[Elas] são associadas a uma série de alegações de marketing sobre seus benefícios potenciais, incluindo a capacidade de reduzir o cansaço visual durante o uso de dispositivos eletrônicos, de melhorar a qualidade do sono e de proteger a retina de danos induzidos pela luz”, declara a pesquisadora. Além disto, a mesma alerta que as descobertas “não apoiam a prescrição de lentes com filtro de luz azul para a população em geral”. “As pessoas devem estar cientes dessas descobertas ao decidir comprar esses óculos”, completa.
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Os efeitos sobre o sono e a qualidade da visão se mostraram “incertos” na avaliação dos cientistas. Além disto, não foi possível tirar conclusões sobre os “efeitos potenciais na saúde da retina” a longo prazo.