A história de Irena Sendler: a mulher que salvou mais de 2.500 crianças do Holocausto

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Irena Sendler foi uma ativista polonesa durante a Segunda Guerra Mundial. Ela salvou mais de 2.500 crianças judias dos horrores do Holocausto. Na época da ocupação alemã, Irena era assistente social e, assim, trabalhava com enfermeiras, preparando refeições para os mais necessitados.

Nos anos 1930, Irena se opôs à discriminação contra os judeus. Como consequência, ela foi punida por suas opiniões progressistas. Além disso, uma de suas maiores preocupações eram os filhos nascidos fora do casamento. Esses filhos e suas mães, infelizmente, eram marginalizados.

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Com a ocupação nazista, Irena manteve seu emprego. Ela conseguiu autorização para entrar no Gueto de Varsóvia. Seu objetivo era verificar se os habitantes estavam com tifo, uma preocupação dos nazistas. Em seguida, Irena se juntou à resistência polonesa, que era a maior entre os países ocupados. Ela se filiou à Zegota, um conselho polonês para o resgate de judeus. Sob o codinome “Jolanta”, Irena tornou-se líder da divisão que cuidava das crianças.

Irena usava uma braçadeira com a Estrela de Davi. Assim, ela mostrava solidariedade aos judeus e não chamava a atenção dos alemães. Secretamente, Irena tirava as crianças dos guetos. Ela fornecia identidades falsificadas para elas. Depois, levava as crianças para lares adotivos, orfanatos e conventos católicos. Além disso, Irena tentava manter listas das identidades das crianças. Seu objetivo era devolvê-las a suas famílias, caso sobrevivessem à guerra.

Irena Sendler foi torturada

Em 1943, a Gestapo prendeu Irena, suspeitando de suas atividades. Mesmo sob tortura, Irena não revelou nada. Ela nunca contou o nome de uma única criança que havia salvado. Apesar disso, os nazistas a condenaram à morte por fuzilamento. No dia de sua execução, um guarda se afastou com ela e disse que precisava fazer mais perguntas. Subornado pela Zegota, esse guarda ajudou Irena a escapar. Assim, os nazistas a deram como morta. Com uma nova identidade, Irena continuou ajudando crianças.

Quando a guerra terminou, Irena continuou seu trabalho como ativista. Além disso, ela construiu uma carreira no governo da República Popular da Polônia, dominada pelos soviéticos. Gradualmente, as pessoas começaram a reconhecer Irena. Sua foto frequentemente aparecia em jornais e revistas. Como resultado, muitas pessoas a procuravam e diziam: “Eu me lembro do seu rosto. Você me tirou do gueto. Você salvou a minha vida.” Anteriormente, as crianças só conheciam Irena pelo seu codinome.

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Irena foi amplamente condecorada, tanto na Polônia quanto internacionalmente. Ela recebeu reconhecimento de várias organizações, incluindo o Yad Vashem, o memorial israelense das vítimas do Holocausto.

Irena Sendler faleceu aos 98 anos, em 2008. No mesmo ano, ela foi indicada pela segunda vez ao Nobel da Paz. Em relação aos seus atos, Irena disse: “Toda criança salva com a minha ajuda é a justificativa da minha existência na Terra, não um título para glorificar.”

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