Uma equipe de pesquisadores descobriu que uma espécie de água-viva de águas profundas apresenta duas formas diferentes dependendo da região do Atlântico Norte em que estão situadas.
De acordo com o estudo publicado na revista Deep Sea Research, e feito por pesquisadores da Universidade da Austrália Ocidental (UWA), isso sugere a existência de uma barreira biogeográfica até então desconhecida no oceano.
A equipe, liderada pelo biólogo Javier Montenegro, avaliou a subespécie Botrynema brucei ellinorae trachymedusa e foi visto que ela possui duas versões: com uma protuberância na parte superior e a outra sem. Embora os dois tipos ocorram em áreas árticas e subárticas, apenas os exemplares com protuberância foram encontrados mais ao sul da deriva do Atlântico Norte.
A região oceânica se estende da costa de Terra Nova, no Canadá, até o noroeste da Europa. Para melhor entender, os cientistas combinaram registros históricos, fotos e análises genéticas. Os resultados mostraram que os espécimes com e sem protuberância estão geneticamente ligados, mas sua presença varia conforme a localização.
++ Cobra exótica tem cauda em formato de aranha e a usa para enganar aves e caçar
“As diferenças na forma, apesar das fortes semelhanças genéticas entre os espécimes, acima e abaixo de 47 graus norte sugerem a existência de uma barreira biogeográfica desconhecida nas profundezas do Oceano Atlântico”, explica Montenegro, em um comunicado.