EUA confirmam primeiro caso humano de “mosca-da-bicheira”

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O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos confirmou, no último domingo (24), o primeiro caso humano de infecção pela chamada mosca-da-bicheira-do-Novo Mundo (Cochliomyia hominivorax) (Foto: Unsplash)
O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos confirmou, no último domingo (24), o primeiro caso humano de infecção pela chamada mosca-da-bicheira-do-Novo Mundo (Cochliomyia hominivorax) (Foto: Unsplash)

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos confirmou, no último domingo (24), o primeiro caso humano de infecção pela chamada mosca-da-bicheira-do-Novo Mundo (Cochliomyia hominivorax). O paciente, identificado como um viajante que retornava de El Salvador, apresentou sintomas após a viagem e foi diagnosticado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

A doença, conhecida como miíase, ocorre quando as larvas do inseto se instalam em feridas abertas e passam a se alimentar do tecido vivo do hospedeiro. Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), cada fêmea pode depositar mais de 300 ovos, que eclodem em poucas horas, dando origem às larvas que iniciam rapidamente o processo de destruição dos tecidos.

Embora os EUA estivessem livres de casos humanos, a mosca continua endêmica em países da América Central e do Caribe, como Cuba, República Dominicana, Panamá e Honduras, além de várias regiões da América do Sul. Em 2023, mais de 6.500 registros foram feitos apenas no Panamá.

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Sintomas e riscos

Os sinais da infestação incluem dor intensa, inchaço, vermelhidão e secreção no local afetado. Sem tratamento adequado, a condição pode evoluir para complicações graves e até levar à morte do hospedeiro.

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Tratamento e prevenção

De acordo com o CDC, o tratamento consiste na remoção das larvas, que pode ser feita por meio de cirurgia ou técnicas não invasivas. A automedicação e tentativas de extração sem supervisão médica não são recomendadas.

Como medidas preventivas, especialistas orientam manter feridas sempre limpas e cobertas, utilizar repelentes contra insetos e adotar telas de proteção em áreas de risco.

O caso reacende o alerta para viajantes que visitam regiões onde o parasita ainda circula, reforçando a necessidade de atenção redobrada com pequenos ferimentos e cuidados de higiene.

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