Em Maringá, no Paraná, Gilmar José da Silva enfrenta, há quase vinte anos, um problema incomum ligado ao seu CPF. A confusão começou em 2005, quando os registros oficiais misturaram seus dados com os de outro homem. A coincidência chamou a atenção porque o homônimo, natural de Arroio do Tigre, no Rio Grande do Sul, possui o mesmo nome completo e a mesma data de nascimento.
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Esse erro inicial desencadeou consequências inesperadas. Apesar da duplicidade, ambos seguiram realizando atividades que deveriam ser bloqueadas em situações de inconsistência cadastral. Assim, cada um votou regularmente, abriu contas em bancos, movimentou dinheiro e ainda acessou benefícios do INSS.
Gilmar, no entanto, sente os efeitos de forma direta. Ele relata que empréstimos foram debitados de sua conta sem autorização, além de ver seu nome inscrito em cadastros de inadimplência por dívidas que não contraiu. Em alguns episódios, chegou até a perder parte da aposentadoria. Esses transtornos causaram constrangimento e abalaram sua estabilidade financeira.
Diante da situação, o morador buscou diferentes frentes de apoio. Ele entrou com ações judiciais, registrou boletins de ocorrência e procurou tanto o INSS quanto a Receita Federal. Em um dos registros policiais, a gravidade levou à abertura de investigação por possível estelionato. Apesar de algumas medidas pontuais, a solução definitiva ainda não chegou.
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Hoje, Gilmar continua tentando desvincular sua identidade da de seu homônimo gaúcho. O caso evidencia como erros burocráticos podem se arrastar por décadas e gerar consequências reais para a vida de um cidadão. Além disso, mostra a fragilidade de um sistema que deveria garantir segurança e confiabilidade aos documentos oficiais.
