















A Universidade da Califórnia em San Diego criou um método para amadurecer minicérebros usando grafeno em uma das pesquisas mais revolucionárias sobre Alzheimer.
O Laboratório de Neuroproteômica conseguiu criar seus próprios neurônios e minicérebros, de acordo com o portal G1. A pesquisa pode ajudar a desenvolver novos medicamentos para a doença que acomete mais de um bilhão de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Aqui no laboratório a gente programa as células-tronco para serem neurônios, células da glia – que são outro tipo de célula que tem no cérebro – ou até organoides cerebrais. Ou seja, a gente consegue fazer uma espécie de minicérebro no laboratório”, contou o biólogo Daniel Martins-de-Souza, que lidera o trabalho em parceria com a geneticista Lygia da Veiga Pereira, da Universidade de São Paulo (USP), em entrevista.
A reprodução do cérebro humano em laboratório pode ajudar os pesquisadores a observar processos do início ao fim. “Podemos testar medicamentos, o papel de algum gene. A gente pode literalmente ligar e desligar genes que sejam associados àquelas proteínas, por exemplo, que a gente viu nos cérebros das pessoas com depressão”, explicou o cientista.
++ A curiosa criatura que expele seu próprio órgão para capturar presas
A pesquisa deve durar até cinco anos e busca compreender as seguintes questões: como funciona o metabolismo de energia das células; o papel das células da glia no cérebro e como são afetadas em pessoas com diagnóstico de depressão; como o canabidiol pode melhorar a função das células; e o comportamento de antidepressivos no cérebro.