Um estudo científico revelou que a poluição atmosférica pode estar mais ligada à saúde do cérebro do que se poderia imaginar.
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A análise de dados de mais de 56 milhões de pessoas nos Estados Unidos revelou que a exposição prolongada a partículas finas de poluição do ar, conhecidas como PM2.5, está associada a um risco maior de desenvolver demência por corpos de Lewy e demência relacionada ao Parkinson.
A pesquisa, publicada na Science.org, apontou que essas partículas, com diâmetro menor que 2,5 micrômetros, são capazes de penetrar profundamente nos pulmões e até alcançar o cérebro. A pesquisa mostra que viver em áreas com altos níveis de poluição está relacionado a um risco 12% maior de hospitalização por essas formas graves de demência.
A demência por corpos de Lewy e a demência ligada ao Parkinson são causadas pelo acúmulo tóxico da proteína α-sinucleína, que prejudica a comunicação entre os neurônios e leva à morte celular. O estudo sugere que, embora a poluição não cause a doença diretamente, ela pode acelerar a progressão em indivíduos geneticamente predispostos.
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Em experimentos com camundongos, pesquisadores expuseram os animais a partículas de PM2.5 pelas narinas. Os resultados reuniram problemas de memória e cognição, identificados em testes de labirinto e reconhecimento de objetos; encolhimento do lobo temporal medial, região do cérebro ligada à memória; acúmulo de proteínas α-sinucleína no cérebro, pulmões e intestinos; e alterações genéticas semelhantes às encontradas em pacientes humanos com demência por corpos de Lewy.