Erin Patterson é condenada à prisão perpétua por assassinato com cogumelos venenosos

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A australiana Erin Patterson, de 50 anos, foi condenada nesta segunda-feira (8) à prisão perpétua, com um período mínimo de 33 anos sem possibilidade de liberdade condicional, pelo assassinato de três familiares e pela tentativa de homicídio de um quarto. O crime ocorreu em julho de 2023, durante um almoço em que ela serviu beef wellington envenenado com cogumelos do tipo death cap.

A sentença foi lida pelo juiz Christopher Beale, no Supremo Tribunal do estado de Victoria, em audiência transmitida ao vivo — um feito inédito no sistema judicial local.

As vítimas foram Don e Gail Patterson, pais do ex-marido de Erin, e a tia dele, Heather Wilkinson. O marido de Heather, Ian Wilkinson, único sobrevivente, sofreu graves complicações, mas se recuperou após semanas de internação.

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Durante o julgamento, que durou 11 semanas, o júri considerou Erin culpada de assassinato e tentativa de homicídio, rejeitando a versão da ré de que tudo teria sido um “trágico acidente”.

Na audiência de impacto das vítimas, Ian Wilkinson, pastor, afirmou ter perdoado a ex-cunhada:

“Agora não sou mais vítima de Erin Patterson, e ela se tornou vítima da minha gentileza”.

Apesar do perdão, ele defendeu a busca por justiça em nome dos três mortos. Já o ex-marido, Simon Patterson, declarou que os crimes privaram seus filhos, de 15 e 10 anos, do convívio com os avós.

O juiz classificou os atos como “horrendos” e disse que apenas Erin conhece a real motivação. Beale ressaltou o impacto devastador nos filhos da acusada:

“Você roubou deles os avós que tanto amavam”.

Erin já cumpriu 676 dias em prisão preventiva, o que será descontado da pena. Assim, ela só poderá pleitear liberdade condicional em 2056, quando terá 82 anos.

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Além da prisão perpétua pelas três mortes, recebeu ainda 25 anos pela tentativa de assassinato de Ian Wilkinson, pena que será cumprida de forma simultânea.

A defesa alegou que Erin tem enfrentado regime próximo ao isolamento, passando até 22 horas por dia na cela, e pediu que isso fosse considerado na sentença. O juiz reconheceu as condições duras, mas manteve a pena máxima.

Erin Patterson ainda pode recorrer da decisão até 6 de outubro. Ela continua a se declarar inocente

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