Henry VIII: conheça o rei considerado mais ‘fedorento’ do mundo

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Henry VIII reinou na Inglaterra de 1509 até sua morte em 1547, deixando um legado que mistura poder, opulência, crueldade — e histórias bizarras sobre seu odor corporal. Ele é frequentemente lembrado tanto por suas decisões políticas e religiosas quanto pela transformação física e os males que enfrentou em seus últimos anos. Mas até que ponto ele realmente tinha fama de “fedorento”? E o que dizem as evidências históricas?

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O rei Tudor, nos primeiros anos de reinado, era atlético, com hábitos vigorosos, envolvido em torneios e mantendo um corpo relativamente saudável. Com a idade e após um grave acidente de justas em 1536, Henry sofreu ferimentos na perna que nunca cicatrizaram bem. Ulceras infeccionadas tornaram-se crônicas, inflamadas e dolorosas — essas lesões contribuíram para dores constantes, dificuldades motrizes e problemas de mobilidade.

Há relatos de que seus ferimentos exsudavam pus e tinham mau cheiro, o que seria esperado em casos de infecção prolongada com pouca higiene moderna. Ainda assim, é importante destacar que práticas de higiene são frequentemente exageradas nos relatos — muitos vêm de crônicas, literaturas populares ou dramatizações modernas que enfatizam o aspecto grotesco para efeito. Além disso, Tudor Inglaterra não tinha os recursos, o entendimento médico ou sanitário que se desenvolveu mais tarde; enfermidades, odores e infecções eram muito mais comuns do que na vida moderna.

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Portanto, pode-se dizer que a reputação de Henry VIII como “o mais fedorento” tem sim fundamento — suas feridas, a infecção e sua saúde precária provavelmente causavam odor — mas muitas acusações são ampliadas por mitos, dramatizações e falta de contexto histórico. Não era incomum que reis e nobres tivessem odores corporais ou infecciosos naquele tempo; Henry VIII se destaca mais pela gravidade dos ferimentos e pelo poder que tinha para aparecer em público mesmo nessas condições. Em última instância, a lenda do “rei fedido” mistura elementos reais com exageros que o tempo e sua imagem lendária ajudaram a perpetuar.

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