Na manhã da última terça-feira, 23 de setembro, moradores e turistas que passavam perto do Capitólio, em Washington D.C., foram surpreendidos por uma instalação artística provocadora. A escultura retratava o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de mãos dadas com o empresário Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais e morto em 2019. O trabalho logo despertou curiosidade e intensos debates.
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Diversas pessoas pararam para observar a obra, registrar fotos e gravar vídeos. Além disso, o material ganhou força nas redes sociais, onde rapidamente se espalhou e impulsionou discussões acaloradas.
Ao lado da escultura, uma placa chamou ainda mais atenção. O texto afirmava: “Em homenagem ao mês da amizade”, seguido de outra frase que destacava a “duradoura ligação entre o presidente Donald J. Trump e seu mais íntimo amigo, Jeffrey Epstein”. Apesar da repercussão, o autor da intervenção segue desconhecido.
O episódio aconteceu em meio a novas tensões judiciais envolvendo Trump. Na segunda-feira (22), o jornal The Wall Street Journal pediu à Justiça que rejeitasse um processo de difamação movido pelo ex-presidente. A ação se refere a uma matéria de julho, que citava o nome de Trump em uma mensagem de aniversário enviada a Epstein em 2003. Segundo o veículo, a tentativa do republicano ameaça a liberdade de imprensa.
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O processo foi registrado em 18 de julho, justamente quando a gestão de Trump enfrentava críticas tanto de conservadores quanto de democratas, em razão da forma como lidou com denúncias relacionadas a Epstein. Em setembro, o Departamento de Justiça declarou que não divulgaria documentos ligados à investigação sobre tráfico sexual envolvendo o empresário, contrariando promessas anteriores feitas por Trump e seus aliados durante o mandato. Epstein morreu em uma prisão federal em 2019, enquanto aguardava julgamento por acusações de exploração sexual de menores.
Assim, a morte de Epstein e suas conexões com figuras influentes continuam a gerar teorias, investigações e manifestações públicas. Nesse sentido, a instalação em Washington reforça como esse tema permanece vivo no imaginário coletivo e ainda mobiliza a opinião pública.