Polonês faz história ao descer o Everest de esqui sem oxigênio extra

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O alpinista Andrzej Bargiel, de 36 anos, entrou para a história ao se tornar o primeiro a descer o Monte Everest — a montanha mais alta do mundo, com 8.849 metros — de esqui e sem o auxílio de oxigênio suplementar. O feito, anunciado nesta quinta-feira (25), foi registrado em vídeo pela própria equipe do polonês.

Bargiel alcançou o cume na segunda-feira e iniciou imediatamente a descida, declarando diante das câmeras: “Estou no topo da montanha mais alta do mundo e vou descer de esqui”. Diferente de tentativas anteriores, sua descida foi contínua, do cume até o acampamento base, passando a noite apenas no Acampamento 2.

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Resistência na “zona da morte”

Durante a jornada, o alpinista enfrentou uma nevasca intensa que o forçou a permanecer por 16 horas acima dos 8 mil metros — região conhecida como “zona da morte”, onde a baixa concentração de oxigênio coloca qualquer montanhista em risco. Ao chegar ao acampamento base, foi recebido com uma khada, tradicional lenço budista de boas-vindas.

Repercussão mundial

O feito foi confirmado por Chhang Dawa Sherpa, da empresa Seven Summit Treks, e rapidamente ganhou repercussão internacional. O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, celebrou nas redes sociais: “O céu é o limite? Não para os poloneses! Andrzej Bargiel acaba de descer esquiando o Monte Everest”.

Especialistas destacam que a conquista representa um marco revolucionário para o esqui de montanha, unindo técnica, ousadia e resistência em um dos ambientes mais extremos do planeta.

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Um histórico de pioneirismo

Bargiel já havia impressionado o mundo em 2018 ao ser o primeiro a descer de esqui o K2, a segunda montanha mais alta do planeta. Suas tentativas no Everest, em 2019 e 2022, haviam sido frustradas por más condições climáticas. Agora, em 2025, ele conseguiu transformar o desafio em um recorde histórico.

Com o novo feito, o polonês consolida seu lugar entre os maiores nomes do montanhismo contemporâneo e aponta para uma nova era do esporte, em que o esqui e o alpinismo se encontram mesmo nos cenários mais hostis da Terra.

 

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