Andrea Yates, ex-enfermeira residente em Houston, Texas, tornou-se conhecida mundialmente por protagonizar um dos episódios mais marcantes e devastadores ligados à saúde mental e à maternidade. Ela enfrentava psicose pós-parto severa somada à esquizofrenia, condições que pioravam a cada nova gestação. Embora tenha passado por internações e tentativas de tratamento, Andrea não recebeu acompanhamento contínuo e eficaz para lidar com suas doenças.
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Em 20 de junho de 2001, um episódio estarrecedor abalou o país: em sua própria casa, Andrea afogou seus cinco filhos — Noah, John, Paul, Luke e Mary. Logo após os homicídios, telefonou para as autoridades e assumiu o crime. A tragédia comoveu a nação e desencadeou debates intensos sobre as falhas do sistema de saúde mental, especialmente no acompanhamento de mães em sofrimento psíquico.
No primeiro julgamento, Andrea recebeu sentença de prisão perpétua. Contudo, em 2005, a condenação foi anulada por falhas processuais. Em novo julgamento, especialistas confirmaram que ela agiu em meio a um surto psicótico. Assim, a Justiça a considerou inimputável por insanidade mental e determinou sua transferência para o Hospital Psiquiátrico de Kerrville, onde permanece em tratamento até hoje.
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A história de Andrea Yates continua como um alerta doloroso sobre a urgência de oferecer diagnóstico precoce e suporte contínuo para transtornos mentais, sobretudo no contexto da maternidade. Afinal, a ausência de cuidado estruturado e eficaz pode gerar desfechos devastadores — não apenas para quem sofre, mas também para toda a família e a sociedade.