Pela primeira vez, o Brasil tem mais estudantes matriculados em cursos a distância do que no ensino presencial. O dado, revelado pelo Censo da Educação Superior 2024, confirma a consolidação do EAD como modalidade dominante no país.
De um total de 10,2 milhões de alunos no ensino superior, 50,7% optaram pelo formato online. O número representa crescimento de 5,6% em relação a 2023, enquanto os cursos presenciais registraram leve queda de 0,5%.
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Para especialistas, a virada reflete a democratização do acesso. Aulas transmitidas em tempo real, fóruns de discussão e conteúdos sob demanda aproximaram o ambiente virtual da experiência presencial, mas com maior flexibilidade. “Trabalhadores, moradores de áreas rurais ou pessoas com dificuldades de deslocamento encontram no EAD a chance de concluir a graduação”, avaliam educadores.
O avanço da internet foi decisivo para essa transformação. Em 2024, 93,6% dos lares brasileiros já tinham acesso à rede, segundo a PNAD Contínua, com destaque para a expansão nas áreas rurais. A popularização da banda larga fixa e móvel, além da chegada de dispositivos inteligentes em 18% das casas, fortaleceu ainda mais a adesão.
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O ensino online, antes visto como alternativa de “segunda linha”, agora concentra milhões de matrículas em cursos tradicionais como Pedagogia e Administração. Com a regulamentação que combina formatos presenciais, semipresenciais e digitais, especialistas apontam para um futuro híbrido, em que polos regionais de ensino devem unir infraestrutura física e tecnologia.