Os casos recentes de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas no estado de São Paulo podem estar relacionados a uma operação que desmantelou um esquema de falsificação no setor de combustíveis envolvendo o PCC.
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O metanol importado pelo crime organizado teria sido redirecionado para distribuidoras clandestinas de bebidas após a ação da Receita Federal, deflagrada em agosto.
“Você tem as empresas interditadas, a transportadora dos caras, do PCC, fica parada [em razão da operação Carbono]. Os tanques, que não estavam dentro dos pátios dessas empresas começam a ser desovados em outras empresas. Eles começam a vender isso para empresa química, começam a vender isso também para destilarias clandestinas. Os caras fazem isso para ganhar volume, ganhar a escala, eles não estão nem aí com a saúde de ninguém”, disse Rodolpho Heck Ramazzinio, diretor de comunicação da ABCF, à Agência Brasil.
Os locais alvos de investigação estão listados entre os suspeitos de comercializar bebidas que causaram a intoxicação por metanol. No total, foram apreendidas 117 garrafas de bebidas sem rótulos e sem comprovação de procedência, que serão encaminhadas à perícia no Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Técnico-Científica, e dois estabelecimentos foram autuados por irregularidades sanitárias.
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Desde junho, foram confirmados dez casos de intoxicação por consumo de bebida adulterada, dos quais três resultaram em óbito: um homem de 58 anos em São Bernardo do Campo, um homem de 54 anos na capital, e o terceiro de 45 anos, em investigação do local de residência.