Bibi Aisha, também chamada de Aesha Mohammadzai, tornou-se um dos rostos mais lembrados da violência do regime talibã. Em primeiro lugar, ainda na infância, foi obrigada a se casar aos 12 anos como forma de o pai quitar uma dívida. Entregue a um militante, sofreu agressões constantes e perdeu a chance de viver uma juventude comum.
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Posteriormente, Aisha tentou escapar do ciclo de abusos. Entretanto, a tentativa resultou em uma punição devastadora: o marido, autorizado por um comandante talibã, mutilou seu nariz e suas orelhas, deixando-a para morrer. Essa brutalidade expôs ao mundo a realidade vivida por inúmeras mulheres afegãs, que enfrentam violência e repressão diariamente.
Apesar da crueldade, Aisha sobreviveu graças ao resgate de voluntários humanitários. Além disso, sua história ganhou repercussão internacional quando sua fotografia estampou a capa da revista Time, em 2010. A imagem chocou o público e transformou-se em símbolo de denúncia contra a opressão feminina no Afeganistão.
Conforme o tempo avançava, Aisha foi levada para os Estados Unidos. Lá, passou por várias cirurgias reconstrutivas que devolveram parte de sua aparência. Ademais, recebeu acolhimento, aprendeu inglês e encontrou a chance de recomeçar. Reconstruiu não apenas o rosto, mas também a dignidade e o sentido de sua própria vida.
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Atualmente, sua trajetória ecoa como exemplo de sobrevivência. Sobretudo, representa um marco de resistência contra a tirania imposta às mulheres por regimes de opressão. Em suma, a vida de Bibi Aisha ultrapassa sua dor pessoal e se consolida como símbolo universal de luta pela liberdade e pela dignidade feminina.