Uma nova estação de metrô inaugurada no coração de Teerã emocionou moradores e visitantes com um nome inesperado: Virgem Maria. O gesto das autoridades iranianas simboliza um raro reconhecimento à diversidade religiosa no país, predominantemente islâmico, e trouxe à tona uma mensagem de respeito e coexistência.
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Batizada oficialmente como “Holy Virgin Mary”, a estação integra a movimentada Linha 6 e está situada entre as ruas Karimkhan Zand e Ostad Nejatollahi, conhecidas pelo intenso fluxo de veículos. Além de seu simbolismo, a nova parada surge como uma solução prática para reduzir o tráfego na região central, considerada uma das áreas mais congestionadas da metrópole.
A escolha do nome não foi aleatória. A estação fica próxima à Catedral Armênia de Teerã, marco histórico da presença cristã na cidade. Nesse sentido, o gesto também reconhece a importância da comunidade armênia, uma das mais antigas do Irã, cuja contribuição cultural e social permanece relevante. Embora os cristãos representem menos de 1% da população iraniana — estimada em 92 milhões —, a homenagem reafirma seu papel histórico no país.
Apesar de o Irã ser uma república islâmica, sua constituição reconhece oficialmente minorias religiosas, como cristãos, judeus e zoroastristas, garantindo-lhes liberdade para manter templos, escolas e tradições. Além disso, a figura da Virgem Maria ocupa um lugar de honra tanto no cristianismo quanto no islamismo.
Conhecida como Maryam no Alcorão, ela é exaltada como uma das mulheres mais puras e virtuosas da humanidade, sendo mencionada em várias passagens do livro sagrado, que inclusive dedica um capítulo inteiro à sua história.
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Mais do que uma nova estação de transporte, a “Holy Virgin Mary” representa um gesto de tolerância e diálogo inter-religioso, valores raros em boa parte do Oriente Médio. Assim, o metrô de Teerã passa a carregar um significado que vai além da mobilidade urbana — ele celebra a convivência entre crenças distintas e o respeito à diversidade espiritual.