Quando fechamos os olhos em um ambiente sem luz, não enxergamos o preto absoluto, e sim um tom acinzentado, quase escuro, conhecido como eigengrau — palavra de origem alemã que significa “cinza intrínseco”. Mas afinal, essa cor realmente existe?
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A resposta é sim, e não. O eigengrau não é uma cor presente no ambiente, mas uma percepção visual gerada pelo próprio cérebro. Mesmo na ausência total de luz, as células da retina continuam enviando pequenos impulsos elétricos aleatórios ao cérebro, criando essa sensação visual de um “cinza-escuro”, em vez de um preto completo.
Pesquisas em neurociência explicam que o eigengrau é uma espécie de ruído de fundo visual, resultado da atividade natural dos neurônios do sistema óptico. Ou seja, quando acreditamos estar vendo escuridão, na verdade estamos observando o funcionamento interno dos nossos próprios olhos.
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Curiosamente, o eigengrau também explica por que o céu noturno parece mais claro do que o preto absoluto do espaço: nosso cérebro nunca enxerga o nada, apenas interpreta estímulos — até mesmo quando tudo parece escuro.
