Mulheres que não realizam a primeira mamografia apresentam até 40% mais risco de morrer por câncer de mama, segundo um estudo do Instituto Karolinska, na Suécia, publicado no British Medical Journal (BMJ).
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A pesquisa acompanhou 432 mil mulheres por 25 anos, avaliando sua rotina preventiva contra os tumores, e o levantamento mostrou que 32% das participantes aconselhadas a fazer o exame, seja por recomendação médica, seja por chegarem à idade de rastreamento ativo, não compareceram à mamografia.
“Os atrasos no diagnóstico decorrentes de não fazer os exames têm um impacto direto na sobrevida das pacientes, especialmente para aquelas com subtipos de tumores mais agressivos e de evolução mais rápida”, comentou a oncologista Heloisa Veasey Rodrigues, médica do Grupo de Mama do Einstein Hospital Israelita.
Para a maioria das faltantes na primeira mamografia, o hábito de não comparecer nos prazos corretos permaneceu ao longo do tempo. Durante os 25 anos de pesquisa, as mulheres deveriam ter feito 10 exames: as que foram à primeira consulta indicada compareceram a uma média de 8,74 triagens, enquanto as faltantes cumpriram quase metade disso, 4,77 testes.
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A falta de adesão à mamografia pode refletir um comportamento de risco que combina fatores como falta de conhecimento da necessidade de prevenção, baixo acesso aos exames e até medo do diagnóstico.
