Quando se trata de vício em relação à comida, existem diversos aspectos que levantam essa dúvida. Na clínica, a dependência de alimentos ainda não foi classificada como transtorno mental.
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Em contrapartida, há transtornos alimentares inseridos no manual que podem ter características semelhantes à dependência de alimentos. Ademais, pesquisas demonstram como se dá essa ideia de vício em comida, avaliando o que acontece no cérebro.
A discussão sobre o “vício em comida” tem ganhado força na neurociência, especialmente quando se trata de alimentos ultraprocessados, aqueles ricos em açúcar, gordura e sal, formulados para serem irresistíveis.
Embora o termo ainda não seja oficialmente reconhecido como diagnóstico clínico, pesquisadores como Jônatas de Oliveira, nutricionista e pesquisador da USP, têm aprofundado o debate com base em evidências científicas.
Além disto, os pesquisadores destacam que o modo como se lida com o sofrimento emocional influencia essa autopercepção. A falta de autocompaixão pode levar indivíduos a nomear suas dificuldades alimentares como “vício”, especialmente quando expostos a questionários que já pressupõem perda de controle.
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A linguagem usada nesses instrumentos, como “as pessoas às vezes têm dificuldade em controlar o quanto comem certos alimentos”. De acordo com o estudo, foram descobertos diversos fatores que contribuem para essa noção de vício por comida, mas a prática de dietas está entre as principais.
