Uma equipe de cientistas descobriu cerca de mais de mil cavidades organizadas no leito marinho da Antártida. A equipe acreditava estar prestes a encontrar o lendário navio perdido, mas identificou pequenas depressões limpas e circulares, em contraste com o tapete verde de fitoplâncton ao redor.
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A expedição, feita com o objetivo de localizar o navio Endurance, de Ernest Shackleton, foi localizada na região do mar de Weddell, uma área de difícil acesso que só pôde ser explorada depois que o iceberg A68, de 5,8 mil quilômetros quadrados, se desprendeu da plataforma de gelo Larsen C em 2017.
A separação desse gigantesco bloco de gelo abriu caminho para investigações sem precedentes sob as camadas congeladas. “Ficamos realmente perplexos”, contou Russ Connelly, da Universidade de Essex, ao site IFLScience. “As depressões eram tão nítidas e regulares que se destacavam totalmente do fundo coberto de fitoplâncton”, declarou.
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Após análises mais detalhadas, os cientistas concluíram que não se tratava de formações aleatórias. As covas estavam organizadas em padrões geométricos, o que levantou a hipótese de comportamento animal. Logo ficou claro que eram ninhos de peixes-do-gelo, conhecidos como bacalhau-amarelo (Lindbergichthys nudifrons), uma espécie de bacalhau antártico.
